Quantos amores é preciso deixar morrer para sobreviver?!

Eu te amei desde o primeiro dia, a primeira conversa, o primeiro contato. E amei todos os dias como se fosse a primeira vez. Eu cultivei dentro de mim sonhos que nasceram porque você havia entrado na minha vida. Eu cogitei possibilidades que em outras épocas não faziam sentido para mim.

Eu pensei em ter um lar, em me comprometer, em aprender a cozinhar direito, eu imaginei filhos que antes nem pensava em ter, e essa coisa toda de gente grande. Aliás, eu pensei que eu fosse uma, mas acho que não estou me saindo muito bem. Nunca me senti tão imatura, infantil e insegura.

Eu não olhei para outros, na verdade, eu nem conseguia reparar neles, eu só enxergava você.

Eu pensei em abrir mão de coisas que batalhei uma vida pra conquistar. Planejei tudo, a mudança de Estado não importava se me levasse para perto de você.

Eu ria sozinha, sonhava acordada, vivia distraída, lembrando de nós.
Dentro de mim tinha uma chama de esperança que me fazia acreditar todos os dias que você ia me esperar.

Eu realmente acreditei nisso. E, como não foi bem assim que aconteceu, não sei o que dizer, fazer, pensar, nem pra onde ir. Descobri que viver um coisa tão grande assim, pode causar uma dor tão imensa quanto. Vou ter que aprender a tratar dela e me cuidar, deixar a ferida cicatrizar no tempo dela. Um belo dia, irá fechar. Um belo dia, irá passar. Quando será só o tempo vai dizer.
Mas, eu vou sobreviver, mesmo que eu tenha que matar o que sinto por você.

Engraçado, de repente, as reticências perderam o sentido. Finalmente aprendi que ponto final existe e é tão inevitável como este.


Rachel Dos Santos

Paulistana, porém mineira de coração. Viciada em música e sorvete, adora filosofar no facebook e compor canções que guarda a sete chaves. Estudante de jornalismo , pretende construir um mundo mais bonito por meio de seus escritos. Acredita que a simplicidade é a chave que abre a porta da felicidade. Sempre usa reticências no final das frases porque sente que sempre há um pouco mais a se dizer...

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