Participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e tirar as notas exigidas para ingressar em uma instituição de ensino superior, por meio de processos seletivos ou por programas como o SiSU, o ProUni ou o Fies. Esse costuma ser o principal motivo pelo qual os estudantes fazem o exame educacional.
Isso significa que a maioria dos candidatos passa pelas provas visando o futuro. Desse modo, é mais do que normal que eles se sintam nervosos, preocupados e que criem expectativas.
De acordo com a psicóloga Adriane Cruvinel, de Goiânia, a ansiedade é um sentimento de medo, desconforto e preocupação e um dos transtornos mais incidentes da atualidade, e costuma vir acompanhado de estresse. “O estresse é um sinal de que o corpo está se preparando para o desafio, a percepção de que há um desequilíbrio entre a exigência e competência diante de tarefas”, explica ela.
Mas, até quando a referida ansiedade é considerada saudável? Segundo a profissional, preocupar-se com eventos que mantêm o jovem em alerta, pronto para reagir, é positivo, pois eles estão focando nas necessidades e objetivos deles.
Contudo, ainda conforme a opinião de Adriane, a ansiedade deixa de ser uma reação positiva se o jovem tiver uma série de eventos estressores e pouca habilidade para lidar com estes, causando prejuízos à saúde, à vida social e afetiva, passando a ser uma constante. “A ansiedade, nesse caso, bloqueia o raciocínio dos jovens e o desempenho nas atividades cotidianas, fazendo com que se tornem jovens pessimistas com preocupações excessivas”, explica.
Controle
Para conter a ansiedade e o nervosismo, a psicóloga aconselha mudar os hábitos comportamentais, fazer atividades físicas, focar a atenção em outras atividades e ter pensamentos mais otimistas, não deixando a emoção tomar conta.
A diretora pedagógica do colégio Oficina do Estudante, de Campinas (SP), Saray Azenha, também acredita que o esporte pode ajudar a conter a ansiedade em época de estudos para o Enem. Segundo ela, exercitar-se ativa os hormônios – como a adrenalina, responsável pela sensação de euforia – e a endorfina – que causa sensação de bem-estar e alívio das dores.
Apoio
Além de focar em atividades que relaxam, a psicóloga acredita que é importante que os jovens tenham contato com pessoas que têm condições de apoiá-los, como os pais. Para ela, eles devem acompanhar, ver se os jovens estão tendo disciplina, uma rotina adequada, fazer um planejamento anterior, pois, quanto mais cedo o planejamento, maior as chances de sucesso.
A profissional recomenda, ainda, ter uma alimentação adequada e noites de sono satisfatórias. Não é interessante deixar para estudar na véspera das provas exagerando, o que pode levar a exaustão, podendo levara um esgotamento da emoção e do cérebro.
A diretora pedagógica também aconselha praticar meditação para aliviar a tensão. Além disso, ela lembra que o jovem não deve ficar escravo dos estudos e deve ter uma vida social saudável.
Hora “H”
É importante que o estudante treine para que, no momento das provas, fique o mais calmo possível.
Acreditar em si mesmo durante as provas. Esse é o conselho da psicóloga Adriane. “Exercícios de respiração e relaxamento são boas dicas. Recordar eventos em que foi bem sucedido, que venceu. Fazer uma meditação silenciando a voz, dizendo pra si mesmo: “Eu sou capaz”, respirar fundo”, enumera ela.
Por fim, segundo a diretora Saray, é importante que o jovem saiba que esta é apenas uma etapa de sua vida, e não o encerramento de uma fase.
Fonte: Super Vestibular