Você tem medo dessas coisas? Entenda o motivo

A maioria das pessoas tem algum medo considerado irracional, seja de palhaços, aranhas ou de altura, por exemplo.

Durante muito tempo, a explicação oficial para essas fobias foi: “Você é um idiota e provavelmente há algo de errado com você”.

Agora, a ciência finalmente tem certas respostas para o medo de coisas comuns, que não é tão irracional afinal:

6. Bonecos nos assustam porque confundem a nossa resposta de ameaça

Bonecos assustadores são um terreno fértil do gênero do horror, como bem exemplifica o famoso homicida Chucky. Mesmo quando não são monstruosos ou têm uma faca em suas mãos, no entanto, muitas pessoas acham bonecas inquietantes. Isso porque a evolução projetou nossos cérebros dessa maneira, a fim de nos manter vivos.

O cérebro humano tem dificuldade em definir quando encontra algo que parece um rosto real, mas não é. À primeira vista, todos nós temos uma reação visceral automática a qualquer coisa que se assemelha remotamente a um Homo sapiens, o que explica parcialmente porque os mais neuróticos entre nós veem coisas como a Virgem Maria em uma fatia de pão.

De uma perspectiva evolutiva, é importante que façamos conexões como essas. Obviamente, quanto mais cedo você nota que o homem das cavernas que compete por comida com seu povo está acima em você pronto para te dar uma cacetada, melhor. É provavelmente seguro dizer que aqueles que não tinham essa habilidade morreram rapidamente.

Pareidolia é o nome para esta reação, e as bonecas bagunçam diretamente esse nosso instinto. Antes do advento das bonecas de aparência realista, a pedofobia (o medo das bonecas) não era nada comum, porque este brinquedo mal se assemelhava com uma pessoa.

Mais notavelmente, os simulacros robóticos hoje muito realistas provocam o que é chamado de “Efeito Vale da Estranheza” – que dita que, quando réplicas humanas se comportam de forma muito parecida, mas não idêntica a seres humanos reais, provocam repulsa.

5. Palhaços são assustadores porque nós sabemos que eles vão aprontar alguma coisa

O medo irracional de palhaços tem até um termo extravagante para descrevê-lo: “coulrofobia”. O que provoca essa sensação? Aparentemente, é porque eles são “cientificamente errados”.

Um estudo britânico de 2008 analisou hospitais que tinham imagens de palhaços colocadas nas alas infantis. Você provavelmente já sabe o que eles descobriram – as crianças consideraram esta escolha de decoração o oposto de reconfortante, e mais para “assustadora”.

Acredita-se agora que a razão pela qual todo mundo possui uma espécie de “medo” do Bozo médio é que nossos cérebros o registram logo de cara como “problemáticos”.

Por quê? Bem, enquanto palhaços não usam máscaras, é quase como se fizessem isso. Nosso subconsciente não gosta nem um pouco disso. Seus rostos sempre fixos em uma expressão e coloridos simplesmente não são naturais.

Palhaços, com suas identidades obscurecidas por pinturas e sapatos enormes, dão uma espécie de “curto-circuito” no que os nossos cérebros interpretam como engraçado. Enquanto eles querem fazer as pessoas rirem, eles quebram todos os códigos do que a sociedade educada considera aceitável, ao mesmo tempo que fingem cometer atos que são quase invariavelmente cruéis, para si ou para os outros. Ao mesmo tempo, todas as suas verdadeiras emoções estão escondidas sob o seu disfarce.

Esse é um enigma que faz dos palhaços candidatos ideais para filmes de terror.

4. Aranhas e cobras são assustadoras porque costumavam nos matar regularmente

A menos que você more no deserto australiano ou no meio da Amazônia, não há muita razão para se ter um medo perpétuo de aracnídeos ou serpentes.

E, no entanto, antes de haver coisas como cabanas e tendas, na época em que vivíamos vulneravelmente entre esses predadores da natureza, ver um desses bichos era certamente motivo de alarme.

Não nascemos com um ódio instintivo de aranhas e cobras; mas nós aprendemos rapidamente que elas são terríveis. Estudos têm demonstrado que macacos em laboratório aprendem a temer essas criaturas mais rápido do que coelhos, presumivelmente porque coelhos não costumam ter veneno.

Não só a seleção natural claramente favorece ancestrais com o sentido de fugir rapidamente de qualquer coisa com oito pernas ou nenhuma, como a própria necessidade de notá-los pode ter contribuído para alcançarmos nosso tamanho de cérebro maior e melhor visão.

Para certificar-se de que sua teoria estava correta, os cientistas usaram um método bem testado pelo Papai Noel através da história: assustar criancinhas.

Quando um grupo de crianças de três anos de idade viu uma série de fotografias, mesmo aquelas que não tinham experiência com répteis foram capazes de perceber e distinguir imagens de cobras mais facilmente do que imagens de flores, lagartas ou rãs.

Para ter certeza deste impulso favorecido pela evolução (e não porque são cruéis), os pesquisadores realizaram um segundo teste similar com bebês de sete meses de idade e a conclusão foi a mesma: as crianças associam instintivamente cobras ao medo.

3. Nossa aversão a certos alimentos nasce no ventre

Todo mundo tem um certo alimento que simplesmente detesta. Às vezes, fica só por aí mesmo. Mas, para algumas pessoas, as fronteiras do ódio beiram o patológico. Talvez você tenha tanto nojo de espinafre que se contorça quanto ele toca o resto da sua comida. Ou, se você é poderoso o suficiente, você pode simplesmente banir brócolis da Força Aérea oficial do seu país, que te carrega para todos os lados, como George Bush fez.

Tamanha raiva vai além de uma simples aversão ao gosto – começa quando você ainda está no útero.

Há um componente evolutivo pelo qual preferimos certos alimentos em detrimento de outros. Coisas doces e gordurosas significam açúcar e energia, por isso as preferimos em vez de coisas amargas, o que pode indicar toxicidade.

À medida que ficamos mais velhos, nossos gostos ficam um pouco mais sofisticados, mas muitas das nossas preferências se desenvolveram quando éramos apenas fetos, nos alimentando do líquido amniótico que continha vestígios de todos os hábitos de dieta da nossa mãe.

Em outras palavras, se sua mãe não tocou um determinado alimento enquanto estava grávida, provavelmente vai não vai gostar dele quando finalmente estiver fora de sua barriga.

De fato, descobriu-se que, se um bebê não é exposto a um sabor durante seus primeiros dois anos (incluindo o tempo gasto no útero), é muito mais propenso a odiá-lo para o resto de sua vida.

As aversões de sabor podem ser alteradas, no entanto, se você estiver disposto a trabalhar nisso. Estudos têm mostrado que, se você forçar a exposição a algo que detesta em torno de 10 a 15 vezes, eventualmente a aversão diminuirá ou será eliminada completamente.

2. Coisas com muitos furos podem nos dar arrepios por lembrar bestas mortais

Um favo de mel, um coral ou um queijo suíço te dão arrepios? Então você pode ter algo chamado tripofobia, que literalmente significa “medo de buracos”. Embora ainda não haja prova de que essa condição seja real, duvido que essa imagem não te dê tremores:

Parece bobagem ter medo de buracos, mas, da mesma forma que criaturas como aranhas e cobras nos dão nervoso, a tripofobia também pode ter algo a ver com animais perigosos, como o polvo.

No passado, quando os seres humanos vasculhavam o mar por comida, havia uma abundância de criaturas (como o escandalosamente tóxico polvo-de-anéis-azuis) que podiam nos matar em segundos.

Especificamente, os cientistas descobriram que as pessoas com medo de buracos reagiram mais fortemente a imagens contendo um “alto contraste em frequências espaciais de médio porte”, o que se refere à qualidade repetitiva de certas características visíveis em um determinado espaço.

Para colocar isso em perspectiva, entre as criaturas que mais tem “alto contraste de frequências espaciais de médio porte”, além do polvo mencionado, estão a cobra-real, a maior cobra venenosa que existe, e o mortal escorpião amarelo da Palestina.

Então, não seja muito duro consigo mesmo se você é esperto o suficiente para esperar outra pessoa checar se aquela coisa cheia de buracos é mesmo segura.

1. Nós odiamos sons como o arranhar em um quadro-negro por causa da evolução

Existem poucos indivíduos que não desejam o pior dos males àquele imbecil que raspou suas unhas em um quadro-negro só para irritar.

Mas por que achamos esse som, e outros parecidos, tão intensamente horríveis?

Os cientistas conseguiram descobrir a faixa exata na qual achamos os sons particularmente dolorosos: 2.000-4.000 Hertz.

A razão para isso pode ser uma vulnerabilidade na maneira que o ouvido humano é construído. Nossos canais auditivos amplificam barulhos dentro desta gama especialmente. Tanto que os efeitos não são apenas psicológicos – arranhões e rangidos nessa faixa podem fisicamente fazer nossa pressão arterial e frequência cardíaca dispararem.

Por que diabos nossos corpos fariam isso conosco? Bem, pensa-se que esta reação pode ter evoluído para nos colocar em alerta para sons como um bebê chorando ou alguém gritando por ajuda. [Cracked | Hypescience]


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