Autoria: Isadora Tabordes
Não sem razão a sinceridade é um elemento bastante querido por todos nós, entretanto, é também necessário olharmos a partir de uma outra perspectiva, já que ao expressarmos uma sentença que julgamos ser sincera, estamos também presos as nossas concepções de verdade, que podem estar equivocadas, bem como podem ser carregadas de preconceitos ou maldade.
Assim como a sinceridade, o silêncio também é uma pedra preciosa, já que quando falamos algo, colocamos algo na realidade, no mundo, o que pode machucar outra pessoa gratuitamente sem necessidade. Além disso, um outro ponto crucial, mas que nem sempre é aplicado é o ato de pensar antes de falar, talvez se pensássemos mais antes em como o outro vai ouvir, nos silenciaríamos com muito mais frequência, mas não fazemos.
Algumas reclamações, críticas e comentários maldosos são totalmente dispensáveis e devemos ter a humildade de admitir isso. O problema é que não é raro percebermos pessoas tentando, talvez até mesmo inconscientemente, se sobrepor à outra ao proferir comentários maldosos. É uma forma de suprir algum vazio presente no seu íntimo, mas que pode ferir o outro.
Por esse motivo, faça de você casa de sentimentos bons, compartilhe boas notícias, comente mais o contentamento no lugar de comentar o descontentamento. Leve luz e não escuridão para o dia das outras pessoas, essa é a forma mais bela de empatia.
Deixo de bônus a letra de uma música que tem tudo a ver com o propósito desse texto:
Morada – Forfun
Faço de mim
Casa de sentimentos bons
Onde a má fé não faz morada
E a maldade não se cria
Me cerco de boas intenções
E amigos de nobres corações
Que sopram e abrem portões
Com chave que não se copia
Observo a mim mesmo em silêncio
Porque é nele onde mais e melhor se diz
Me ensino a ser mais tolerante, não julgar ninguém
E com isso ser mais feliz
Sendo aquele que sempre traz amor
Sendo aquele que sempre traz sorrisos
E permanecendo tranquilo aonde for
Paciente, confiante, intuitivo
Faço de mim
Parte do segredo do universo
Junto a todas as outras coisas as quais
Admiro e converso
Preencho meu peito com luz
Alimento o corpo e a alma
Percebo que no não-possuir
Encontram-se a paz e a calma
E sigo por aí viajante
Habitante de um lar sem muros
O passado eu deixei nesse instante
E com ele meus planos futuros
Pra seguir
Sendo aquele que sempre traz amor
Sendo aquele que sempre traz sorrisos
E permanecendo tranquilo aonde for
Paciente, confiante, intuitivo